Ar-condicionado pode prevenir doenças respiratórias?
É comum ouvirmos por aí que ar-condicionado faz mal à saúde, principalmente para quem sofre com doenças respiratórias como rinites ou sinusites. Mas a verdade é que, quando usado da forma correta, esse aparelho pode ser um aliado estratégico nos dias mais secos.
Fato é que o ar-condicionado pode sim ressecar as vias aéreas, o que agrava sintomas como irritação no nariz, tosse, espirros e sensação de falta de ar, mas isso se dá pelo acúmulo de ácaros, fungos e bactérias nos filtros do aparelho — é o que explica Brianna Nicoletti, médica alergista e imunologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
A profissional explica que, quando limpo e em bom estado, o aparelho pode melhorar a qualidade do ar. “Quando acompanhado de uma boa manutenção, ele ajuda a manter o ambiente mais controlado e evita a entrada de alérgenos do ambiente externo.”
Segundo Romenig Bastos, especialista em engenharia elétrica e instrutor de Pesquisa & Desenvolvimento da Gree Electric Appliances, aparelhos com filtragem múltipla são capazes de eliminar boa parte dos vírus e bactérias do ar. Mas como identificamos isso em um modelo?
Para te ajudar a enfrentar as crises alérgicas, Recomendamos quatro modelos de ar-condicionado ideais para quem sofre com alergias. Confira a seguir nossa seleção com base nas orientações de especialistas.
O que considerar na hora da compra?
A médica alergista aponta que modelos com filtros Hepa (mais eficientes na retenção de partículas) e com sistema de purificação do ar são indicados para pacientes com alergias respiratórias. “Isso é especialmente útil para quem vive em grandes centros urbanos, onde a poluição é mais intensa, ou para quem tem alergias respiratórias desencadeadas por partículas ambientais”, explica.
Embora poucos aparelhos de ar-condicionado já venham com filtro Hepa de fábrica, é bastante comum encontrar esses filtros para compra separada, que podem ser adaptados em alguns modelos.
Como evitar problemas durante o uso?
Além de selecionar um bom modelo, é importante seguir algumas orientações para preservar não só a sua saúde, mas também a vida útil do aparelho.
Para isso, a médica imunologista do Hospital Albert Einstein orienta manter os filtros sempre limpos. Se o uso for diário, é recomendado limpá-los a cada 15 dias.
Além disso, segundo a profissional, a temperatura recomendada gira entre 22 °C e 24 °C, com umidade controlada entre 40% e 60%. “Evite programar o aparelho em temperaturas muito baixas, que podem ressecar ainda mais o ar e agravar os sintomas alérgicos. E atenção ao contraste térmico: sair de um ambiente gelado diretamente para o calor externo pode desencadear crises em pessoas sensíveis”, complementa.
E sempre tendo em mente que estas temperaturas indicadas podem variar de acordo com a região em que a unidade for instalada, para evitar choques térmicos (o que pode ser prejudicial a saúde). Sempre é bom verificar a temperatura média da região para ajustar de forma a evitar desconfortos devido a choques térmicos.
