Ar condicionados com sistema VRF estão aumentando participação no mercado

Apesar de ainda ser considerada uma solução de condicionamento de ar cara, o sistema de ar condicionado com tecnologia VRF (Variable Refrigerant Flow – em português VRV, “volume de refrigerante variável”) vem aumentando sua participação no mercado de ar condicionado brasileiro. De seis anos para cá tais sistemas saltaram de 2% do mercado para cerca de 9%.

O ar condicionado com tecnologia VRV pode ser comparado, de grosso modo, a um muti-split, com uma condensadora e um grande número de condensadoras. Tecnologia eletrônica sofisticada é empregada de modo a otimizar o uso da condensadora conforme o número de evaporadoras ligadas. Ele torna-se um candidato natural quando se cogita em substituir um sistema central.

Dentre as principais vantagens de um ar condicionado com sistema VRF podemos destacar:

  • Facilidade de instalação comparando com um sistema central;
  • Menor custo operacional;
  • Emprego de gás ecológico (normalmente o R-410A);
  • Trabalha com diferentes tipos de unidades evaporadoras;
  • Compressor, normalmente, com velocidade variável – inverter;
  • A temperatura pode ser controlada individualmente, através de um controle remoto, em cada evaporadora.

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No entanto, um sistema VRF apresenta também várias desvantagens:

  • O custo de aquisição de um ar condicionado VRF é mais caro do que um sistema central de água gelada (cerca de R$ 8.000,00 por tonelada de refrigeração – TR – contra R$ 6.000,00 de um sistema central);
  • No caso de um defeito na condensadora todas as evaporadoras param de funcionar;
  • O sistema VRF perde capacidade à medida que aumenta a distância da tubulação de cobre;
  • Como o condicionamento de ar é feito através de evaporadoras, tal qual num split, não há renovação do ar (ao não ser que seja feita uma estrutura de renovação separada)
  • Existe uma distância máxima de tubulação, conforme o modelo do equipamento.

Ar condicionado com sistema VRF ou central de água gelada ?

A tendência é que o sistema VRF aumenta ainda mais sua participação no mercado devido a maior versatilidade, a ter uma instalação mais fácil com menor necessidade de obras civis e seu custo de operação ser menor do que um sistema de água gelada.
Mas isso não significa que em um nova instalação não deve ser estudado um sistema de água gelada ou o usos de várias aparelhos individuais de split ou até mesmo janela: não existe um melhor tipo de ar condicionado na refrigeração; existe, sim, o mais adequado dependendo da situação.
Cada vez mais será necessário consultar um especialista em ar condicionado antes de se decidir por um tipo de solução à medida que aumentam as opções para condicionar o ar.

O ar condicionado com sistema VRF como uma oportunidade para instaladores

Instalar um ar condicionado com sistema VRF requer conhecimento técnico profundo tanto da parte de refrigeração como de comandos elétricos e eletrônica. Poucas empresas e instaladores estão aptos, no momento, a fazer isso no Brasil.
Como é um mercado que tende a crescer o profissional que se capacitar provavelmente irá ter uma vantagem competitiva sobre os demais e ganhará uma remuneração acima da média ao instalar um sistema VRF. Um bom local para procurar cursos de capacitação é o SENAI.

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No que consiste a tecnologia VRV?

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O VRV (Volume de Refrigerante Variável) ou VRF (do inglês Variable Refrigerante Flow) é uma tecnologia de ar condicionado inventada no Japão pela empresa Daikin em 1982. Os VRVs utilizam o gás refrigerante como o para realizar o aquecimento e/ou resfriamento. Este refrigerante é condicionado por uma única unidade condensadora externa e é distribuído no interior do edifício em múltiplas unidades Fancoil (FCU).

VRVs são normalmente instalados com um ar condicionado tipo Inverter, que adiciona um variador de frequência no compressor para criar uma variação de velocidade no motor do compressor e, portanto, no fluxo de gás refrigerante em vez de simplesmente ligar/desligar o motor do mesmo. Ao operar em velocidades diferentes, unidades VRV trabalham somente o quanto for necessário, permitindo economia substancial de energia em condições de carga parcial. A tecnologia implementada na troca de calor em um sistema VRV permite a unidades interiores individuais aquecer ou esfriar, se necessário, enquanto o compressor se beneficia da troca de calor interno. A economia de energia pode ser de até 55% em comparação a um equipamento Split convencional. Isto também resulta em maior controle da temperatura interior do edifício pelos ocupantes do edifício.

VRVs vêm em dois formatos de sistema, tubulação de dois e três tubos. Em um sistema de tubulação de 2 tubos todos os ambientes devem estar, simultaneamente, em modo de refrigeração ou em aquecimento. Os sistemas que trabalham com Heat Recovery (HR, ou MHR) têm a capacidade de aquecer simultaneamente certos ambientes enquanto refrigera outros. Isto é feito geralmente através de um design de 3 tubos, com exceção da Mitsubishi que é capaz de fazer isso com 2 tubos. Neste caso o calor extraído de zonas que exigem refrigeração é colocado em uso nas zonas que requerem aquecimento. Isto foi possível porque a unidade de aquecimento está funcionando como um condensador, fornecendo ‘líquido líquida sub resfriado de volta para a linha que está sendo usada para o resfriamento. Enquanto o sistema de recuperação de calor tem um maior custo inicial, permite melhor zoneado controle térmico de um edifício e em geral maior eficiência.

Integração de automação para casa

Hoje, existem gateways dedicados que conectam VRFs com domótica e controladores de BMS (Building Management Systems) para monitoramento e controle centralizado. Estes sistemas são capazes de fornecer controle total do sistema de Ar Condicionado através da Internet com uma interface amigável e de fácil utilização.